A CLASSE TRABALHADORA NÃO VAI PAGAR PELA CRISE!
Em Juiz de Fora, na assembleia do Sindicato dos Professores, nosso militante apresentou uma moção de repúdio à direção nacional da CUT que juntamente com as centrais CTB, Força Sindical, UGT e Nova Central, apresentaram ao governo uma proposta que permite a redução da jornada de trabalho com a redução dos salários até 30%.
A categoria do Magistério Municipal ficou surpresa com a situação apresentada e aplaudiu a iniciativa da moção. A coordenadora do Sinpro-JF, que também faz parte da diretoria plena da CUT, juntamente com outros diretores do sindicato, alegaram que aquela não foi uma decisão da direção da CUT e que seu presidente, Vagner Freitas, fez isso de forma autoritária. Por isso, defenderam que substituísse no texto da moção onde se referisse à diretoria, por dirigente Vagner Freitas.
Concordamos com as alterações apresentadas, uma vez que a discussão foi realizada, a categoria entendeu a gravidade da situação e nossa proposta foi expressa para que todos ouvissem. Abaixo, está a proposta apresentada na íntegra, na assembleia do Sinpro-JF, em Minas Gerais.
MOÇÃO DE REPÚDIO
Nós, integrantes do Magistério Municipal de Juiz de Fora, reunidos em assembleia, no dia 10 de dezembro de 2014, repudiamos veementemente a posição política da Direção Nacional da CUT, expressa por seu presidente Vagner Freitas, que juntamente com as centrais CTB, Força Sindical, UGT e Nova Central, levaram ao governo, no dia 25 de novembro, uma proposta que permite a redução da jornada de trabalho com a redução dos salários em até 30%. A justificativa para tal insanidade é a manutenção do emprego para momentos de crise financeira.
Essa proposta contraria a pauta de reivindicações da classe trabalhadora aprovada em congressos da CUT e não foi debatida e muita menos aprovada em qualquer fórum da Central. Trata-se de uma traição à classe trabalhadora comandada pela direção CUTista para garantir a governança do governo Dilma e jogar nas costas dos trabalhadores o preço da crise do capitalismo.
Nesse momento, a Direção Nacional da CUT deveria estar organizando e mobilizando a classe trabalhadora para exigir do governo Dilma o atendimento à nossa pauta de reivindicações.
Não é função da CUT apresentar soluções para os patrões em períodos de crise, ainda mais quando essas soluções atacam os direitos dos trabalhadores. A CUT nasceu independente de governos e patrões, combatendo o peleguismo. É dessa CUT, independente e de luta, que precisamos para barrar os ataques e avançar nas conquistas!
- Cumprimento da Lei do Piso Salarial do Magistério, em todo o país!
- 10% do PIB para a Educação Pública, JÁ!
- 10% do Orçamento para a Saúde Pública, JÁ!
- Redução da jornada de trabalho sem redução de salários!
- Reestatização das empresas, rodovias, portos e aeroportos privatizados!
- Reforma Agrária e Urbana, JÁ!
- Fim do fator previdenciário e revogação das reformas da previdência!
- Fim das privatizações e dos leilões do petróleo!
SOMOS FORTES, SOMOS CUT!
MAGISTÉRIO MUNICIPAL DE JUIZ DE FORA – SINPRO/JF