Centrais Sindicais decidem pela campanha contra a reforma da previdência e a reforma trabalhista.

01/02/2017 11:35

No dia 20 de janeiro as centrais sindicais, em reunidas na sede do Dieese, em São Paulo, aprovaram a organização de um Dia Nacional de Paralisações para a segunda quinzena de março. Participaram dessa reunião a CUT, CTB, CSP-Conlutas, Força Sindical, UGT, NCST, CSB, Intersindical e CGTB.

A unidade entre as centrais é de suma importância para o enfrentamento que teremos que fazer. Por isso devemos parabenizar o esforço político que foi feito para a construção dessa unidade. Todas as categorias têm a obrigação de participar da paralisação, sabendo que essa é apenas uma forma de construir a Greve Geral no país para barrar esses ataques aos direitos e conquistas da classe trabalhadora.

O governo golpista de Michel Temer (PMDB) usa a mídia também golpista para a manipulação de números e tentativa de convencer aos trabalhadores de que essas reformas são necessárias. Mas em momento algum vimos o governo ou a mídia, explicitarem a dívida que os empresários possuem com a previdência.

Na verdade, a previdência não é deficitária, muito pelo contrário, ela é superavitária e sua situação ficaria melhor ainda se o governo cobrasse a dívida. Segundo a Confederação Nacional das Instituições Financeiras, essa dívida é de R$ 374 bilhões, bem superior ao déficit de R$ 77,151 bilhões que fechou em 2016.

Além disso, segundo o blog “ocafezinho”, o governo Temer está com um programa de perdão de parte das dívidas tributárias e previdenciárias, condicionado à retomada do pagamento das parcelas mensais. Para termos uma ideia do que significa isso, apenas os grandes devedores – cerca de 13 mil pessoas e empresas – têm dívidas que somam R$ 900 bilhões.

Quanto às leis trabalhistas, vêm com a mesma alegação de FHC, dizendo que o excesso de direitos impede a contratação e provoca o desemprego. Se continuarem assim vão acabar defendendo o retorno da escravidão. Em alguns países, essa experiência já foi feita, como em Portugal por exemplo. O resultado foi que o desemprego continuou alto e os trabalhadores perderam seus direitos.

As centrais já se alinharam para a luta. O que continua faltando é a presença dos sindicalistas nos locais de trabalho explicando e agitando suas bases para o enfrentamento. Somente com esse comprometimento dos sindicalistas poderemos chegar a um enfrentamento entre capital e trabalho capaz de levar a classe trabalhadora à vitória contra esse governo golpista.

  • FORA TEMER!
  • NENHUM DIREITO A MENOS!
  • CONTRA A REFORMA DA PREVIDÊNCIA!
  • CONTRA A REFORMA TRABALHISTA!
  • RUMO À GREVE GERAL!