Dilma lança pacote de privatização de rodovias e ferrovias.
O pacote de privatizações foi anunciado nesta 4ª feira (15 de agosto) e prevê a concessão de 7,5 mil Km de rodovias e 10 mil Km de ferrovias. AS empresas terão que investir R$ 133 bilhões, em até 25 anos, sendo que R$ 80 bilhões já nos próximos 5 anos. Em troca, as empresas irão cobrar pedágios e tarifas.
O “filé” está no financiamento. O BNDES irá financiar até 80% do investimento! Isto é, as empresas se apossam da verba pública do BNDES, fazem o trabalho de recuperação e extensão das estradas e, ao final, possuem o rendimento dos pedágios e tarifas das mesmas.
A presidente Dilma nega que seja privatização. “Nós aqui não estamos desfazendo do patrimônio público para acumular caixa ou reduzir dívida. Estamos fazendo para ampliar a infraestrutura do país e beneficiar a população e o setor privado. Vamos saldar dívidas de décadas e sobretudo para assegurar o menor custo logístico possível, sem monopólios.” (Jornal Record)
A verdade é que a burguesia está muito satisfeita com tudo isso. O próprio presidente do PSDB, deputado Sérgio Guerra, divulgou uma nota cumprimentando a presidente Dilma “por ter aderido ao programa de privatizações … há anos desenvolvido pelo partido”. Além disso, o deputado Marcus Pestana (PSDB-MG) publicou em seu twitter um convite para a presidente Dilma se filiar ao PSDB.
Já o senador Aécio Neves (PSDB-MG) afirma: “Toda vez que Dilma se aproxima do ideário do PSDB, ela acerta”.
Enquanto isso, falta verba pública para o serviço público. As universidades, receita federal, demais servidores federais e até mesmo a polícia federal estão em greve reivindicando melhores salários. Qual a resposta do governo Dilma? Baixou um decreto anti-sindical ordenando a substituição dos servidores federais grevistas por servidores estaduais e municipais e ainda o corte de ponto dos grevistas.
Esse é o governo de Dilma, que atende a burguesia e ataca os trabalhadores. Esse é o resultado das alianças do PT com os partidos da burguesia. Quem sai perdendo é a classe trabalhadora que construiu o partido para ser uma trincheira de luta da classe trabalhadora e não uma arma apontada contra si mesma.
Os trabalhadores de todo o país precisam se organizar urgentemente, de forma independente de governos e patrões, para combater a direita reacionária do PSDB e também contra os ataques do governo Dilma. Para isso é necessária a formação de um movimento de Oposição de Esquerda, que organize a classe trabalhadora na luta pelo socialismo.
- Contra as privatizações!
- Contra a concessão de verbas públicas para o setor privado!
- Em defesa de verdadeiras negociações salariais com os servidores!
- Pela retirada imediata do decreto anti-sindical do governo Dilma!