Mais um jovem negro é executado pela Polícia Militar de São Paulo
O jovem negro, estudante, de 17 anos, Allan Vasileski, foi assassinado pela Polícia Militar (PM) no dia 22/01/2016, na periferia de Ferraz Vasconcelos, na Grande São Paulo.
O crime foi registrado por uma câmera de segurança instalada em uma residência do Jardim São Paulo. As imagens que estão no youtube, mostram o momento da morte do estudante Allan Vasileski, atingido nas costas por um tiro de pistola.
O soldado da PM, Melquíades Nascimento Dias, foi o responsável pelo disparo que acabou com a vida de Allan. Segundo depoimento do policial na Polícia Civil, ele corria atrás do jovem quando escorregou no piso molhado e a arma disparou atingindo as costas de Allan.
As imagens deixam claro quando Allan chega correndo e se aproxima de um automóvel e tenta dizer algo para um homem que carrega uma criança. É quando ele cai e bate com a cabeça no chão. Ele já havia sido baleado na perseguição.
Confira as imagens no youtube: https://www.youtube.com/watch?v=ZoYCdYo7_04
“Não tenho dúvida. Ele veio para matar meu filho”, disse Ivani, a mãe de Allan, chorando à porta de sua casa.
Mais uma vítima do genocídio contra a juventude negra no Brasil. Até quando assistiremos passivamente as execuções de jovens, adolescentes e crianças, geralmente negros e pobres, moradores da periferia?
O tráfico de drogas e a polícia são os principais agentes de extermínio desses jovens. A “guerra às drogas”, política aplicada e orientada ao mundo todo pelos EUA, é a grande desculpa para desencadear esse genocídio. Enquanto houver a ilegalidade das drogas, a polícia subindo os morros para prender e matar traficantes e por outro lado, os traficantes enfrentando essa polícia e recrutando crianças, adolescentes e jovens para a guerrilha do tráfico, continuaremos a testemunhar essas tragédias.
A “guerra às drogas” não impediu o tráfico, muito pelo contrário, tornou-o mais violento e impulsionou o seu crescimento. Os jovens negros e pobres quando são presos usando drogas, são registrados no boletim de ocorrência da polícia como traficantes. Isso faz com que os presídios já superlotados tenham um aumento considerável em sua população, com jovens que não deveriam estar ali.
A juventude negra e pobre não precisa dessa polícia e nem mesmo dos traficantes que dominam as comunidades. A juventude, as crianças e adolescentes negros e pobres precisam de escola de tempo integral, onde além dos conhecimentos gerais contidos nos currículos, recebam também praticas esportivas, artísticas e culturais de forma geral.
A classe trabalhadora e a juventude não precisam dessa polícia. Ela não nos serve em nada. Ela não está presente para nos defender, mas sim para nos vigiar, para nos reprimir e para nos punir. A polícia não passa de um aparelho repressor que serve ao estado burguês para manter o controle da burguesia sobre os trabalhadores.
A classe trabalhadora precisa construir as Unidades de Autodefesa, constituídas pelos próprios trabalhadores e comandadas por representantes eleitos por seus componentes e pelas comunidades às quais pertençam.
- Pelo fim da polícia!
- Pela destruição completa do estado capitalista e seus organismos de repressão!
- Por uma sociedade justa, igualitária e democrática. Uma sociedade socialista!
- Viva a revolução!