Perdemos a batalha, mas não perdemos a guerra. A luta continua!
O encaminhamento do golpe pela direita reacionária e corrupta avança no Congresso Nacional com a aprovação do relatório que propõe a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma (PT) no senado. Eram necessários 2/3 dos votos do total de 513 deputados, ou seja, 342 votos. Mesmo assim, os golpistas mostraram que entre os picaretas eles são fortes e por 367 votos a favor e 146 contra (incluindo abstenções e ausências), a Câmara dos Deputados aprovou na noite de domingo (17/04/2016) a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma.
O PT e os governistas trabalharam muito para vencer essa batalha na Câmara. Municiados política e juridicamente, reabateram as denúncias apresentadas contra o governo e dentro da Câmara fizeram de tudo para captar votos de deputados que estavam indecisos. Mesmo assim, não conseguiram impedir a aprovação do relatório que pede a abertura do processo de impeachment da presidente Dilma.
Nas ruas e praças de todo o país tivemos a oportunidade de ver “velhos” militantes retornarem ao movimento, se juntando ao entusiasmo da juventude que de forma corajosa e organizada mostra sua importância na luta por uma sociedade justa, igualitária e democrática. Ao final da votação, todos estavam indignados com o resultado, mas com a convicção de que a luta continuará pelas ruas do país para impedir o prosseguimento do golpe no Senado.
Não foi uma batalha em vão. Mais uma vez ficou claro para a classe trabalhadora que esse Congresso não nos representa. Em sua maioria são picaretas que legislam em causa própria e a única maneira de convencê-los é com muito dinheiro e cargos no governo para seus apadrinhados.
Não só pela quantidade de votos, mas pelos discursos dos deputados cuja maioria dizia estar votando em nome de seus filhos, netos e esposas, ficou claro que eles não têm qualquer compromisso com a classe trabalhadora. Além disso, podemos observar como a direita reacionária está organizada e “armada até os dentes” com muito ódio para atacar nossos direitos e acabar com as liberdades democráticas, conquistadas com muita luta. O deputado Jair Bolsonaro (PSC) não nos deixa qualquer dúvida sobre os ataques que estão por vir ao afirmar que "... contra o comunismo, o Foro de São Paulo e em memória do coronel Brilhante Ulstra (torturador da ditadura militar), voto sim". Marco Feliciano (PSC) vai na mesma linha, dizendo “...tchau ao PT, partido das trevas...”, além de outros que se referem aos petistas e eleitores do PT como vagabundos. Por isso, podemos dizer sem medo de errar que esse Congresso não nos representa.
Perdemos a batalha na Câmara dos Deputados, mas não perdemos a guerra. A luta continua e devemos nos preparar para a GREVE GERAL. As centrais sindicais que realmente representam e defendem a classe trabalhadora, devem se organizar para construir a greve geral imediatamente, aproveitando o momento de forte mobilização e de grande indignação da classe trabalhadora.
Juntamente com as centrais sindicais, a Frente Brasil Popular e a Frente Povo Sem Medo que vêm organizando a resistência, com certeza apontarão para a radicalização da luta também nos movimentos sociais, principalmente MST, MTST e juventude. Afirmamos mais uma vez, o que está em jogo não é só o governo, são os nossos direitos e conquistas, são as liberdades democráticas.
Se nossas grandes mobilizações não foram suficientes para impedir o prosseguimento do golpe, precisamos radicalizar, precisamos atingir a coluna vertebral do capitalismo, a produção! Vamos aproveitar a data do 1º de Maio, dia internacional de luta da classe trabalhadora, para fazermos grandes atos e deflagramos a GREVE GERAL CONTRA O GOLPE!
- CONTRA QUALQUER TIPO DE ATAQUE AOS NOSSOS DIREITOS!
- EM DEFESA DAS LIBERDADES DEMOCRÁTICAS!
- NÃO VAI TER GOLPE! VAI TER LUTA!
- GREVE GERAL PRA BARRAR O GOLPE!